domingo, 5 de dezembro de 2010

Carona Cultural



O Carona Cultural foi um evento que aconteceu no Galpão Cultural, que teve a intenção de trazer a questão da consciência negra através do encontro de diferentes manifestações culturais, como a palavra, as imagens, o cinema, a capoeira, a música e a dança. Contamos com a presença de amigos queridos de Assis, como o grupo de Taiko e também artistas e amigos de Presidente Prudente e Pompéia O grupo tocou maracatu e fez uma roda de jongo.


Breve reflexão em poucas palavras…

Na História do Brasil o 13 de maio de 1888 foi consagrado como data oficial que celebrou o fim da escravidão no país, a partir da aprovação da Lei Áurea pela Princesa Isabel. Porém, neste período muitos negros já eram alforriados e o sistema escravocrata era considerado arcaico diante dos interesses das metrópoles. O 13 de maio não representa de fato uma data de libertação para os negros já que a luta de resistência ainda persiste diante do preconceito e da opressão. Por isso, foi criado um projeto lei de nº 10.639 em 9 de janeiro de 2003 para a consagração da Consciência Negra, tendo como data o 20 de novembro. Tal data refere-se à morte de Zumbi, líder do Quilombo de Palmares e personagem histórico que simboliza a luta do negro contra a escravidão e seu protagonismo na História do país. Chamamos tal data de Consciência Negra diante da necessidade de conscientização e reflexão acerca da importância da cultura de matriz africana na formação nacional. Os negros africanos não foram vítimas do sistema escravocrata, mas agentes políticos que resistiram o tempo todo e lutaram pela sobrevivência de sua cultura e de seus costumes. Refletir sobre este período e pensar em consciência da negritude significa pensar na afrodescendência de todos nós brasileiros. Devemos ultrapassar as diferenças de cor de pele e sentir a presença dos negros na formação da nossa cultura, língua e pensamento. As matrizes negras não devem ilustrar a falácia de um mito que prega a junção harmônica das três “raças” (negros, brancos e índios), mas afirmar a existência de grupos étnicos oriundos de diversas regiões da África que, mesmo sob as pressões da escravidão, resistiram e deixaram marcas vivas na memória e na cultura do nosso país.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Cortejo de Finados

      De branco saímos pelas ruas da Vila Operária ao som das loas e toques  das alfaias. Tradicionalmente são realizados encontros de maracatu nesta data, saudando com a força dos tambores os ancestrais que tanto nos ensinaram.




      








terça-feira, 19 de outubro de 2010

Apresentação na escola João Leão

      A convite da diretora da escola fizemos brincadeiras com cacuriá, roda de coco e tocamos maracatu. A apresentação  teve a intenção de contribuir  com a discussão sobre folclore que estava sendo feita em sala de aula e possibilitar que os mais de 200 alunos pudessem conhecer algumas das manifestações tradicionais.

sábado, 25 de setembro de 2010

Encontro com os Urucungus

Tivemos o prazer de receber a visita de artistas de Campinas, entre eles membro do Urucungus e Jongo Dito Ribeiro. Eles chegaram ao Galpão Cultural no sábado, onde se organizou um almoço super familiar, e mais tarde, no mesmo local partilharam com a gente um pouco do  samba de lenço e do coco do maranhão. A intenção era a de criarmos redes e estabelecermos diálogos e todos os presentes se envolveram muito. Não existiu separação entre artistas e platéia, todos dançaram, cantaram e se divertiram. Vento ventou, soprando felicidade e trouxe Zeus, Vandir Georgia, Renata, Nil, Gabriela, Leonardo e Rosângela… A vocês nosso forte obrigado, axé e saravá, sempre!


quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Encontro de Literaturas Africanas

      A convite de alunos e professores da Unesp realizamos uma intervenção no encontro de Literaturas Africanas. Fizemos um cortejo de afoxé pela universidade e uma roda de jongo em um local aberto.  Foi uma experiência importante participarmos de um evento que traz diferentes manifestações africanas para dentro da academia.





sábado, 11 de setembro de 2010

III Encontro de Palhaços

       Realizamos uma apresentação no III Encontro de Palhaços a partir de uma releitura  do cavalo marinho, trazendo elementos do teatro, da dança, da percussão e do canto. É um espetáculo que foi apresentado pela primeira vez neste evento, mas que ainda está sendo amadurecido.


sábado, 22 de maio de 2010

Virada Cultural

     Realizamos três intervenções na Virada Cultural de Assis em frente ao palco principal. A primeira      apresentação reuniu elementos cênicos, aos cantos, toques e danças do afoxé. Na segunda intervenção fizemos roda de coco, mergulhão (dança do cavalo marinho) e encerramos com uma ciranda. Na última apresentação tocamos maracatu. 












sábado, 15 de maio de 2010

Celebração Afro em Tarumã

       Festa que aconteceu na zona rural na cidade de Tarumã e que ocorre tradicionalmente em maio e novembro para que as pessoas possam entrar em contato com a questão de resistência dos negros, possam celebrar a vida, se reunir para rezar, cantar, dançar e comer. Realizamos uma roda de jongo e também tocamos maracatu e foi muito interessante para que as pessoas entrassem em contato com manifestações afrobrasileiras tão pouco ou nada conhecidas pela maioria.

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Celebração afro no Hospital Regional

      Fomos convidados a realizar uma intervenção em frente ao Hospital Regional da cidade de Assis em conjunto com o Padre Edivaldo e membros do Instituto Negro Zimbauê. Foi realizada uma missa afro ao ar livre, foram feitas algumas falas de reflexão a escravidão e a situação do negro hoje e encerramos o evento ao som do maracatu.  








sábado, 27 de fevereiro de 2010

Bloco Saci Tá Manco

O Bloco carnavalesco, Saci Tá Manco, foi fundado em 31/01/10, pelo coletivo do Galpão Cultural. O Bloco do Saci aconteceu na ressaca do carnaval, desfilando com seus foliões, ao som do maracatu, de marchinhas e samba pelas ruas da Vila Operária. Carregando o saci nas costas, símbolo importante do folclore brasileiro, o Bloco do Galpão Cultural saiu pela primeira vez, mas promete virar tradição!
Segue as letras abaixo.

INTOLERÂNCIA NOTA ZERO
Autores: Leonardo Ladislau, Pedro Ivo e Kita Amorim

O nosso bloco está na rua
Nessa folia eu não quero me perder

Galpão, ai o meu galpão
Pulei da "Sete Quedas"    BIS
Caí no Buracão

Já me desfiz, da velha máscara
Vermelho e preto vou me fantasiar
O nosso toquue não é de recolher
Tem Maracatú, também Maculelê

Me dá, me dá, me dá cachaça
Qu'eu tô cansado de água pura e ribeirão

Pra filizar, eu sou bem sincero
Intolerância dou nota zero          BIS


SACI TÁ MANCO
Autores: Leonardo Ladislau e Kita Amorim

Sa, Saci tá manco
Tá na peneira, na garrafa ou no tamanco    BIS

Eu acordei, muito assustado
Tamanha a coisa que estava do me lado
Será que é cobra, será ouriço
Prolema meu ninguém tem nada com isso

Saci, saci, saci...